quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Rio de Janeiro - Brasil

Pontão do Leblon 10 pés plus


Rio de Janeiro - Brasil

Cidade maravilhosa, altas gatas, altas ondas, praias lindas enfim tudo que uma surf city de primeira pode oferecer.
É claro que nem tudo é perfeito. Os telejornais e a televisão só dão destaque as coisas negativas como as favelas, chacinas, assaltos, violência, tráfico de drogas e prostituição. 
Mas para quem é da paz e vê tudo pelo lado positivo, a cidade do Rio de janeiro é um dos lugares mais legais e bonitos para se viver. 

Cidade Maravilhosa coração do meu Brasil
Nem tudo é perfeito

Recebendo ondulações constantes o ano inteiro, o Rio de Janeiro é um paraíso para os surfistas com uma infinidade de praias que oferecem as mais diversas condições de ondas. 
Os points de surf na cidade do Rio são na maioria beach breaks (fundo de areia ) mas há um bom número de lajes e costões que fazem a alegria dos mais exigentes nos dias de grandes swells. 
Em alguns dias, quando as ondas estão realmente grandes, quase saindo do controle, vários points de surf dentro da Baia de Guanabara, que parecem pisicinas, despertam e oferecem ondas de sonho. 
O surf aqui tem tradição e história fazendo parte do dia a dia dos cariocas, havendo uma diversidade de surfistas praticantes de todas as idades.

Marcelo Trekinho - Pontão do Leblon

Temporada de ondas
O surf rola o ano inteiro.
No verão, dezembro até meio de abril, as ondas costumam variar de 2 a 6 pés, havendo possibilidade de entrada ocasional de alguns swells maiores.
A partir do mês de maio até o final de agosto, é a temporada de ondas grandes. Nesse período os big riders ficam de prontidão. As grandes ondulações de sul atingem em cheio o litoral carioca e as ondas podem passar fácil dos 10 pés com condições clássicas de surf.
Nos meses de setembro a novembro boas ondas quebram variando de 2 a 8 pés em média.

Phil Rajzsman
Arpoador 10 pés plus
Praia do Leme

Conheça um pouco as características dos principais points de surf da cidade do Rio de Janeiro.

LAJE DO PÃO DE AÇÚCAR - Acesso de barco pela Praia de Fora ou Praia Vermelha. Melhor com maré baixa. Precisa de um swell gigante de sudoeste ou sul, para proporcionar boas direitas de 6 a 12 pés. Pico pouco surfado devido ao difícil acesso e as fortes correntezas.

CANTO DO LEME - Pico temperamental. Boas ondas quebram próximo ao canto esquerdo (norte) da praia de Copacabana. As ondas são rápidas, curtas mas com ótimos tubos, tanto que é apelidada de "PipeLeme". 

POSTO 5 - Na praia de Copacabana, próximo a rua Xavier da Silveira. Normalmente o mar não dá condições de surf.  Mas quando entra um swell grande de sul/sudeste, predominam as direitas que podem passar dos 10 pés. Caldos cinematográficos e ondas indigestas quebrando próximas a praia, fazem a alegria de quem esta na areia apreciando o show.

BAIXIO - Também conhecido como Escorpião. Fundo de pedra localizado no outiside do Posto 5 em Copacabana. Funciona com swell grande de qualquer direção e maré de média a alta. Fundo de pedras com ondas cavadas e rápidas variando de 6 a 10 pés. Pico bastante frequentado pela galera do bodyboard. Casca grossa.

POSTO 6 - No canto sul de Copacabana. Precisa de swell grande de qualquer direção para produzir ondas longas de 2 a 5 pés. Funciona melhor com maré baixa e é protegido do vento sul e sudoeste que acompanham as grandes ondulações nos meses de inverno. Muito crowd nos dias bons de Longboarders.

PRAIA DO DIABO - Praia pequena entre Ipanema e Copacabana. Acesso pelo Arpoador. Os primeiros 200 metros da praia são liberados para o surf, a partir daí a praia tem acesso restrito por fazer parte de uma reserva militar. Esquerdas e direitas rápidas de até 8 pés protegido do vento sudoeste.
Não costuma ter crowd. Uma opção quando o Arpoador esta com lotação máxima.

Vista área do Arpoador e da praia do Diabo 
Arpoador
Praia do Diabo
Skate longboard é uma febre na cidade do Rio de Janeiro

ARPOADOR - No canto norte da praia de Ipanema. O mais tradicional point de surf do Rio de Janeiro. As ondas que predominam para esquerda podem chegar a 10 pés ou mais, proporcionando grandes drops e sessões tubulares no inside ao lado do costão. Nos dias de swell pequeno, as ondas quebram em vários picos espalhados em direção ao meio da praia. Fique esperto aqui rola um localismo moderado quanto tem onda boa. O Arpoador atualmente tem ótima iluminação noturna, fazendo com que as seções de surf entrem madrugada a dentro.
Se o mar estiver flat dá para matar a fissura, tem uma pista legal de skate.

IPANEMA - As ondas quebram perto da areia e geralmente são rápidas e cavadas. Quando os bancos de areia estão alinhados bons tubos quebram por toda extensão da praia.  Funcionando em qualquer maré e swell. Bastante crowd e show de tubos nos bons dias. Em frente a Rua Teixeira de Melo, há umas pedras submersas que criam um fundo mais alinhado, proporcionando ondas de melhor formação em relação ao resto da praia. Este pico se chama Castelinho.

LEBLON - No canto sul da praia de Ipanema. As condições de surf são as mesmas que no resto da praia mas  tem suas águas um pouco poluídas. Ondas curtas de 2 a 6 pés

PONTÃO DO LEBLON - Pico de ondas grandes. Só quebra nos maiores swells com direitas podendo passar dos 15 pés surfáveis. Poluída, amada e odiada é o palco do show dos surfistas de ondas grandes na cidade do rio de Janeiro. 

PRAIA DO VIDIGAL - Em frente ao Sheraton hotel. Na maré baixa e com swell médio esquerdas rápidas e tubulares quebram no canto esquerdo variando de 3 a 6 pés. Pico muito frequentado por Bodyboarders.

Posto 5- Copacabana
Posto 5- Copacabana
Laje do Sheraton
Pontão do Leblon

LAJE DO SHERATON - Laje com fundo de pedra no outside da praia do Vidigal. Com swell de sul bem alinhado e grande as ondas, direitas, passam dos 15 pés. Pico para surfistas bem experientes. Muita atenção.

PEPINO - Beach break nervoso. Rolam esquerdas extremamente tubulares que podem variar de 3 a 8 pés.  Acima disso as condições para o surf ficam pesadas, sendo muito frequentada por bodyboarders. 

SÃO CONRADO - Esquerdas e direitas, tubulares e curtas quebram próxima a praia variando de 3 a 8 pés. 

JOATINGA - Entra a Ponta do Marisco e o Quebra Mar. Acesso a pé. Com ventos fracos e maré baixa, tubos perfeitos de até 6 pés quebram no canto esquerdo da praia. Crowd nos finais-de-semana, com presença maciça de bodyboarders. 
São Conrado
Joatinga
Meio da Barra

QUEBRA MAR - No começo da Barra da Tijuca. Geralmente os bancos de areia estão bem alinhados devido ao quebra–mar. Ondas longas predominando as esquerdas de 4 a 10 pés que fazem a alegria dos locais. Fica bem  poluída após fortes chuvas. Forte localismo.

BARRA DA TIJUCA - São 18 km de praia com água geralmente limpa e centenas de condomínios que dão nomes as valas que abrigam milhares de surfistas. Os bancos de areia formam valas que recebem ondulações de qualquer direção. As ondas nos dias de swell pequeno propiciam várias manobras e nos dias de swell grande as ondas são bem tubulares e forte. A orla é toda urbanizada com ciclovia, quiosques que servem os mais variados lanches e sucos, chuveiros e gatas alucinantes.

MEIO DA BARRA - Tem algumas das melhores valas principalmente em frente ao condomínio do barramares e conseqüentemente muito crowd. Neste local são realizados vários campeonatos de surf.

RESERVA - Um lugar ideal para fugir do crowd. Pedras submersas alinham o fundo dando melhor formação nas ondas. que podem quebrar 8 pés, passando disso as series costumam fechar. 

CANTO DO RECREIO - Protegida do vento sudoeste funciona melhor com maré baixa. As ondas variam de 2 a 8 pés. Pico muito frequentado e bastante crowd nos finais de semana. Nos dias de swell pequeno várias valas propiciam um surf hot dog com esquerdas e direitas divertidas.

MACUMBA - Esquerdas e direitas cheias variam de 2 a 10 pés. Point muito frequentado por longboarders que marcam presença em qualquer condição de onda. Crowd nos finais de semana. 

PRAINHA - Um dos beach breaks mais famoso, constante e preservado do Brasil. Esquerdas no canto norte e direitas no canto sul. No meio da praia, dependendo do swell e da maré, ondas com picos triangulares fornecem sua cota de tubos. Crowd nos fins-de-semana. Não há localismo forte porque é frequentado por surfistas dos mais variados lugares da cidade, mas todo o respeito é necessário para se evitar incidentes.

Praia da Macumba
Vista da Prainha
Denis Thiara - Prainha
Vista da praia do Grumari
Raoni Monteiro - Grumari

GRUMARI -  São 4 km de praia bem preservada, que oferece direitas e esquerdas por toda a extensão da praia . As ondas geralmente variam de 2 a 6 pés, mas podem passar dos 8 pés nos dias de swell grande, quando rolam altas direitas, mas atenção com a forte correnteza. 

A partir daí em direção a Barra de Guaratiba há alguns points de surf pouco constantes e frequentados por terem o acesso meio complicado, como Inferno, Funda, Meio e Perigosinho que dão condições de surf em alguns dias. Geralmente essas ondas quebram vazias.

BARRA DE GUARATIBA - Considerado um dos melhores picos do Rio de Janeiro quando as condições estão clássicas. Esquerdas rápidas, tubulares e perfeitas quebram no canto esquerdo na maré baixa. Nos melhores dias há muito crowd e disputa acirrada no outside com os locais dominando o pico.

RESTINGA DA MARAMBAIA - São 40 km de praia partindo da Barra de Guaratiba. Acesso restrito pois faz parte de uma área militar. Muitas valas dão condições de surf com ondas muito parecidas com as da Barra da Tijuca. Alguns surfistas contam que em algumas ocasiões quebra uma onda perfeita no final da praia, perto do um morro.

Barra de Guaratiba
Alberto Burguete-Surf Repórter
albertoburguete@hotmail.com

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